ALFABETIZAÇÃO: QUE MÉTODO SEGUIR??

O melhor método é não seguir nenhum outro método ou analisar todos e extrair dele o que é mais interessante para a aprendizagem de seus alunos. As pessoas costumam ser muito sectárias: “Sou de Piaget”, “sou de Vygotsky”, “sou da cartilha”, “sou disso”, “sou daquilo”. As pessoas, quando são extremamente partidárias, perdem a oportunidade de verem nas outras teorias o que elas têm de bom, de qualidade. O que interessa é a aprendizagem dos alunos e quanto mais isso for feito com qualidade, melhor.
O melhor método é a experiência do professor, baseado em sólidos conhecimentos da matéria que vai lecionar. Ele deve ter as rédeas nas mãos, pois ele é um educador e não mero observador. Quando ele é bom ter um jeito particular de ensinar assim como os alunos têm um jeito especial de aprender.
O que impede essa liberdade dentro da sala de aula é a idéia da burocracia de que todas as salas devem aprender da mesma maneira, mas isso somente impede o trabalho verdadeiro. E fazem a antiga pergunta: - e se ele mudar para outra escola, como vai ser?
Essa é uma  outra maneira de subestimar o valor da criança que se adapta como qualquer outra pessoa, assim como alguém se adapta depois de um tempo quando muda para um país estrangeiro.
O que é importante perceber é o “diferente” na escola. Professor que ensina bem não se preocupa com métodos. O que aconteceu num ano não precisa ser repetido no outro ano, pois os alunos serão outros, diferentes. Professor que somente ensina os alunos que têm facilidade de aprender não tema a mesma qualidade daquele que ensina os “alunos que não aprendem”.
A alfabetização não tem dia marcado para acontecer. Quem determina a aprendizagem é o aluno, seu momento histórico, sua capacidade de aprender. Ela vai acontecer mais cedo ou mais tarde, e nesse tempo o professor deve estar atento para acompanhar sua evolução. Algumas crianças já se alfabetizam no pré-escolar, outras precisam de alguns meses apenas, outras um ano e existem aquelas que necessitam de mais de um ano. O importante é acompanhar esse processo e não fazer o aluno voltar atrás todo início de ano. Embora quem determine a aprendizagem é o aluno, o professor deve comandar o processo e não abrir mão disso. E para liderar esse processo exige-se dele competência e responsabilidade.

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