Postagens

Mostrando postagens de junho 6, 2018

A psicomotricidade no processo de alfabetização

Imagem
Laís Estrela Fernandes Leandro Este artigo objetiva analisar como a psicomotricidade contribui para o processo ensino-aprendizagem na fase inicial da construção da leitura e da escrita (alfabetização), considerando a relação do movimento e da aprendizagem como um grande elemento constituinte desse processo, reconhecendo a criança como um todo, sem fragmentar corpo e mente. Para o desenvolvimento desta pesquisa foram analisadas obras de diferentes autores que abordam temas relacionados à psicomotricidade e alfabetização, e, dentre os assuntos, serão ressaltados a importância do corpo e do movimento na escola, a organização do tempo e do espaço, o desenvolvimento psicomotor e sua articulação com a alfabetização. Consideramos a grande influência do corpo e do movimento na apropriação da leitura e escrita como fator favorável para o sucesso das crianças das séries iniciais, além da necessidade de desenvolver habilidades psicomotoras como colaboração para o desenvolvimento pleno das cr

O cérebro vai à escola

Imagem
Rogéria Soares Neurociências a serviço da aprendizagem na contextualização das experiências socioculturais de seus diversos atores. Introdução A Educação tem por finalidade criar oportunidades e proporcionar orientação para a aprendizagem. Uma aprendizagem que, para ser realizada, requer várias funções mentais, as quais, através do cérebro, processam estímulos oriundos do ambiente e elaboram respostas com a finalidade de sobrevivência do sujeito. Sobrevivência que, em nossa contemporaneidade, na era do conhecimento, se encontra fortemente ligada ao bom desempenho educacional. Como apontam Bourdieu e Passeron (2008), “[...] o valor de uma produção profissional é sempre socialmente percebido como solidário do valor do produtor e este por sua vez como resultante do valor escolar de seus títulos”. Um valor escolar que, através da aprendizagem, na compreensão de como o cérebro aprende e armazena informações, une a educação às neurociências. Direcionando o olhar do educador a pr

Inclusão e aprendizagem: novos rumos

Imagem
Bianca Acampora As dificuldades de aprendizagem começaram a ter um maior destaque com a universalização do ensino no Brasil. A partir da década de 1990, com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a Educação para Todos e a inclusão no ensino regular ganharam força com os avanços alcançados quanto aos índices de matrículas iniciais no Ensino Fundamental e a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais na rede regular de ensino. O atendimento de alunos com deficiência e/ou necessidades educacionais especiais em classes comuns no Brasil evoluiu, de 1998 a 2002, em 151%. Passamos de um total de 43.923 matrículas, em 1998, para 110.536, em 2002. Isso significa que, no período de quatro anos, houve um aumento significativo da inclusão nas escolas. Entretanto, a capacitação dos professores para esse atendimento específico e os concursos de mediadores, professores de libras e braille não acompanharam esse ritmo de crescimento. Desde a Declaração de Salamanca

Formação humana e saberes docentes na inclusão escolar

Eugênio Cunha Na educação, não devemos achar que a nossa formação acadêmica pode, sozinha, mover as barreiras das dificuldades de aprendizagem, pois ela pode pouco sem o amor. É o amor que lança fora o medo, que supera o egoísmo, que derrota o fracasso, que suplanta a frustração. Retira da obscuridade o homem e estabelece a cumplicidade de uma educação social em que não existe superior nem inferior, mas o ímpeto irrestrito da participação de todos. Paulo Freire ensina que não há educação sem amor. Apropriando-nos das palavras de Freire, podemos dizer que todo o conhecimento que vem pelo amor possui a excelência da perfeição. Acima de tudo, quem aprende e quem ensina precisa antes do amor. Na verdade, todo conhecimento possui também a culminância da distinção quando se designa ao amor. O amor é a sublimação do saber. Decerto, precisamos de nossas habilidades acadêmicas, mas os nossos atributos humanos são imprescindíveis. O que faz um aprendente permanecer horas brincando n

O caracol e a concha: o sentido do erro no ato de aprender

Imagem
Rosangela Nieto de Albuquerque Certamente, a metáfora do caracol e a concha se encaixa no sentido do erro no ato de aprender. Os caracóis não têm audição e utilizam, especialmente, os sentidos do tato e do olfato, que se situam em todo o corpo, principalmente nas antenas. Assim é o educando, todo o seu corpo, através dos sentidos, está captando sensações, percepções, emoções, enfim, buscando aprendizagem. Os caracóis enxergam pouco, e os olhos estão situados nas pontas das antenas maiores; pode-se então dizer que o educando, ainda em fase de desenvolvimento, “enxerga pouco” e precisa de um condutor para levá-lo pelo caminho seguro e em direção ao sucesso. O caracol anda com a casa às costas, a concha abriga os órgãos e é uma proteção extra contra a desidratação. A concha do caracol tem ainda outra vantagem: protege-o dos predadores, funciona como um bom esconderijo e é dura de partir. A concha (o educador) é a proteção do educando contra os predadores. Percebe-se então a importânc