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Educação de corpo inteiro

                                                                                                                        Por Daniela Guimarães De um modo geral, na escola, o corpo é compreendido e vivido na perspectiva do controle, da adaptação e da repressão. O ajuste social aprisiona a expansão, o espaço dos impulsos e dos prazeres. É preciso e precioso o silêncio, o uniforme limpo e alinhado, o jeito correto de se sentar, o dedo levantado para a pergunta, o gesto calculado para não agitar o ambiente. O cenário de uma escola costuma ser reconhecido pela presença de cadeiras e mesas, quadro de giz, murais, ou seja, equipamentos materiais que legitimam a valorização dos processos de representação (escrita, desenho, e outras marcas gráficas), em detrimento de espaços para a acolhida e a movimentação do corpo. A dimensão individualizante do trabalho também contribui para o isolamento corporal: carteiras para uma só criança, atividades individuais, práticas em que o valor é colocado m